Cai número de jovens que ingerem bebidas alcoólicas no Brasil -Monique de Carvalho =>SÓ NOTÍCIA BOA
O número de jovens que ingerem bebidas alcoólicas com frequência caiu e virou motivo de comemoração… e influência. Foi o que mostrou uma pesquisa realizada pela Ipsos-Ipec, a pedido do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA). Segundo os dados de 2023, 55% dos adultos brasileiros afirmaram não consumir álcool. Em 2025, esse índice subiu para 64%.
Entre os jovens, a mudança é ainda mais clara. No grupo de 18 a 24 anos, a abstinência saltou de 46% para 64%. Já entre pessoas de 25 a 34 anos, foi de 47% para 61%. O estudo confirma um movimento que já vem sendo visto no dia a dia: mais brasileiros estão deixando o álcool de lado.
Uma pesquisa aponta que os brasileiros estão bebendo menos e, quando bebem, consomem com mais moderação. O número de pessoas que ingeriram álcool uma vez por semana ou a cada quinze dias caiu 6 pontos percentuais desde 2023. Entre quem continua consumindo, 39% tomam de uma a duas doses por ocasião.
A geração Z prefere experiências mais ligadas ao bem-estar e ao equilíbrio emocional. Uma pesquisa da MindMiners com 3 mil pessoas mostra que apenas 45% dos jovens de 16 a 30 anos afirmam beber.
Questões financeiras também pesam. Muitos jovens relatam que o álcool representa um gasto alto para a renda disponível do grupo. Comentários como “estou gastando muito dinheiro” foram comuns entre os entrevistados.
A queda no consumo não é vista como uma crise na indústria, mas como uma oportunidade de mudança. O mercado de bebidas sem álcool cresce muito mais rápido do que o tradicional. Dados da Nielsen mostram que cervejas 0.0 são o segmento que mais avança no país.
Mesmo entre quem continua bebendo, a moderação é uma tendência forte. A busca por produtos premium, rótulos diferenciados e experiências sensoriais cresceu. Uísques single malt tiveram alta de 10% nos últimos três anos.
Para especialistas, o prazer está cada vez menos ligado ao teor alcoólico e mais à qualidade. O foco é experimentar sabores, aprender sobre bebidas e aproveitar momentos com consciência.
Essa mudança coletiva tem reconfigurado tanto a rotina quanto o mercado — e mostra que as novas gerações encaram o álcool de uma forma diferente, mais leve e mais consciente.
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