Comer peixe pode ajudar a evitar gordura no fígado…

Comer peixe pode ajudar a evitar gordura no fígado -Regina Célia Pereira => Agência Einstein     =Galileu=

 

Estima-se que a esteatose hepática, conhecida popularmente como gordura no fígado, atinja entre 25% e 30% da população mundial. Diante da crescente prevalência, a ciência busca compreender meios de prevenir esse distúrbio, inclusive investigando potenciais componentes protetores na dieta. Uma nova pesquisa, publicada em outubro no periódico Nutrients, mostra que o consumo de peixes ricos em ômega-3 pode ajudar na redução do risco da doença.

Para chegar à conclusão, cientistas de universidades da Austrália e da Itália avaliaram dados de 1.297 adultos, participantes do estudo NUTRIHEP, realizado com moradores da região do Mediterrâneo. Além de passarem por diversos exames, como o de ultrassom para avaliar o fígado, os participantes responderam a questionários sobre hábitos, especialmente alimentares. Entre os que consumiam mais sardinha e salmão, observou-se menor acúmulo de gordura no fígado.

Para o nutrólogo Celso Cukier, do Einstein Hospital Israelita, mesmo que não haja dúvida a respeito dos benefícios atrelados ao cardápio que privilegia os pescados, são necessárias mais pesquisas para bater o martelo. Afinal, trata-se de um estudo observacional, ou seja, que não estabelece causa e efeito.

E não dá para isolar apenas um tipo de alimento quando se fala em doença hepática gordurosa não alcoólica, outra designação para o distúrbio. “A prevenção depende do estilo de vida, engloba a alimentação, a prática de atividade física, o controle do peso, e demais fatores”, enfatiza o médico.

Estudos mostram que a obesidade é um dos principais fatores de risco. Isso acontece porque o ganho exagerado de peso favorece alterações no metabolismo e nos níveis de hormônios que contribuem para a deposição de triglicérides, uma molécula gordurosa, nos hepatócitos (as células do fígado). Não à toa, a esteatose é chamada de doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica. O distúrbio pode evoluir para um processo inflamatório, que é a esteatohepatite, propiciando a formação de cicatrizes e desencadeando a perigosa cirrose.

O ômega-3 é reconhecido pelo seu poder anti-inflamatório, daí por que é bem-vindo para a proteção do fígado e de todo o organismo. Essa substância é um tipo de gordura, ou ácido graxo, e faz parte do grupo dos poli-insaturados.

 

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